Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

domingo, 5 de abril de 2009

Domingo pela manhã

Meu ser inteiro é humano, meu coração abrigo das fontes da vida. Minha mente, armazém das minhas ações, cada parte de mim completa a plenitude terrena.
Sei que acordo, vejo o céu e penso que um dia estar lá, quase todos queremos um céu habitável. Ninguém quer o inferno. Inverno eterno. Queremos o sol do paraíso. As ruas de ouro e muito riso. Nada de chorar, ranger dentes e ser destinado a perdição. Penso outra vez, em como fazer um convite para Deus, como ELE pode morar em tão pequeno coração? Como ELE pode entrar por uma única porta trancada? Como DEUS pode morar em um coração? Literal como sou, esqueço que há metáforas na fé. Penso nas várias coisas ensinadas sobre Deus, a QUEM nunca vi com meus olhos reais, e que sempre procurei nas várias teorias que um dia ouvi. Não dá para ver a DEUS, mas passei a imaginá-lo, já que fui criada com essa capacidade inventiva. Meu dilema é me aproximar do que sempre foi tão intangível, Deus. Quais palavras ter com ELE? Como pedir licença para entrar no templo?  com véu, sem véu?  que roupa devo usar para uma "audiência" com Deus?
Nossa, tenho tatuagem, e me disseram que é coisa do capeta...como agora, vou falar com Deus? mas tenho outras marcas também, por exemplo, das escolhas onerosas que fiz, para mim também são tatuagens do lado de dentro.
Ouço Caetano, Chico, Tom, tomo cerveja gelada no calor de um dia de verão,  penso poesias. Me distancio do divino? Não são coisas da criação?
Meu ser inteiro é humano, vivo em um mundo de guerras e flores, minha sala é cenário de madrugadas insones,  e saio de manhã ainda com sensação de surpresa.
Não sei se quero o céu, quero primeiro a DEUS, ser capaz de um amor que não enxerga cor, tamanho, medida, esse ou aquele.  Ter uma humanidade tamanha que não aceite mais, o mundo avesso, decadente com gente ainda achando que Deus fica nos templos, que só ouve verbos amantíssimos, e desaprova uma cerveja,  decente, em um dia de calor.
Minha sede é de água viva, minha fome é de pão da vida, e meus olhos são para o céu, paraíso dos humanos não dos divinos.