a luz batendo em olhos incomuns.
O coração tem raízes,
o meu tem.
Tenho muitos "porques",
hoje não vou revirar minhas razões.
Não vou ser deselegante com a descoberta.
Olhos são incomuns,
os meus são.
Não vou apartar minhas brigas.
Não vou refletir.
Não vou negar o beijo.
Não vou cruzar os braços.
Abraço é contornar o outro,
uma forma, aconchegante, de entender um lúcido afeto.
O meu é.
Andam a distância que for,
quando o destino é promissor.
Eu ando.
Não vou separar isso daquilo.
Somos misturados.
Eu sou.
Minha cisma é pensar, que posso transformar prata em ouro.
Eu posso.
Pois tudo que tenho é valioso.
Pois tudo o que sou pode ser lapidado.
Como o sol quando nasce, brilhando mais,
e mais,
e mais,
até ser um dia perfeito.