Ainda dá tempo,
não reviramos tudo aqui dentro porque acreditamos em nossa desordem,
a voz saiu porque a alma reclama,
não cabe mais tanta passividade.
Ainda dá tempo,
não andamos aos tropeços por não saber laçar nossos cadarços,
caímos de exaustão e fica tão difícil caminhar,
que não pensamos mais no passo.
Ainda dá tempo,
não dançamos a mesma música por não saber dar voltas ao corpo,
vamos de quietude mesmo, e há quem prefira somente sentir o vento que volta do rodopio dos outros.
Ainda dá tempo,
não passamos a enxergar só quando vemos,
são os olhos a melhor parte que temos,
olhos bons,
e todo o corpo será.
Ainda dá tempo,
não deixamos as meninices só porque envelhecemos,
mas há de caber em nós aquilo que nos tornamos.
Ainda dá tempo para reconsiderações,
há ar nos pulmões,
e a vida pela frente...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
02 de Novembro
Ainda Te peço ajuda, há muito que seguir.
Trago bagagem, tenho coragem, mas sou "menina".
Até aqui Te agradeço,
amor e cuidados que não mereço, lágrimas minhas em Tuas mãos, viram sempre recomeço.
A QUEM mais posso render-me?
Rebelde que sou, coisas boas e ruins, é a matéria da qual sou feita. Mas faço parte da raça eleita.
Tua delicadeza vai e me cicatriza,
olho para as marcas que trago e me lembro das TUAS na cruz.
Foi TUA luz que me deu caminho, e quando sei-me expulsa de mim, sei QUEM me acolhe.
Eu sei.
Ainda tenho mais um pedido, que possa no fim deste dia, ficar com esta oração minha.
Obrigada Jesus!
Trago bagagem, tenho coragem, mas sou "menina".
Até aqui Te agradeço,
amor e cuidados que não mereço, lágrimas minhas em Tuas mãos, viram sempre recomeço.
A QUEM mais posso render-me?
Rebelde que sou, coisas boas e ruins, é a matéria da qual sou feita. Mas faço parte da raça eleita.
Tua delicadeza vai e me cicatriza,
olho para as marcas que trago e me lembro das TUAS na cruz.
Foi TUA luz que me deu caminho, e quando sei-me expulsa de mim, sei QUEM me acolhe.
Eu sei.
Ainda tenho mais um pedido, que possa no fim deste dia, ficar com esta oração minha.
Obrigada Jesus!
02 de Novembro
Ainda Te peço ajuda, há muito que seguir.
Trago bagagem, tenho coragem, mas sou "menina".
Até aqui Te agradeço,
amor e cuidados que não mereço, lágrimas minhas em Tuas mãos, viram sempre recomeço.
A QUEM mais posso render-me?
Rebelde que sou, coisas boas e ruins, é a matéria da qual sou feita. Mas faz faço parte da raça eleita.
Tua delicadeza vai e me cicatriza,
olho para as marcas trago e me lembro das TUAS na cruz.
Foi TUA luz que me deu caminho, e quando sei-me expulsa de mim, sei QUEM me acolhe.
Eu sei.
Ainda tenho mais um pedido, que possa no fim deste dia, ficar com esta oração minha.
Obrigada Jesus!
Trago bagagem, tenho coragem, mas sou "menina".
Até aqui Te agradeço,
amor e cuidados que não mereço, lágrimas minhas em Tuas mãos, viram sempre recomeço.
A QUEM mais posso render-me?
Rebelde que sou, coisas boas e ruins, é a matéria da qual sou feita. Mas faz faço parte da raça eleita.
Tua delicadeza vai e me cicatriza,
olho para as marcas trago e me lembro das TUAS na cruz.
Foi TUA luz que me deu caminho, e quando sei-me expulsa de mim, sei QUEM me acolhe.
Eu sei.
Ainda tenho mais um pedido, que possa no fim deste dia, ficar com esta oração minha.
Obrigada Jesus!
domingo, 30 de outubro de 2011
Quase lá...
Vou consertar meu sorriso,
acontece dele ficar impreciso,
por vezes estraga,
é quando estou me remendando.
A gente se retalha, saiba.
Mas me costuro, aprendi com o artesão.
Sou atrevida no ponto,
na linha,
e o silêncio me encoraja.
Sou assim, paro um pouco,
e depois continuo.
Não segurei no esboço não, é sina terminar o que começo.
Sou de tantos começos... (eu disse).
E nessas "alturas" não vou declinar do voo.
Mal me conheci ainda, este é mais um começo.
Minhas costuras são muitas,
mas certas.
Não prometo não esbarrar em ninguém,
não me "costuro" apenas,
minha vontade é maior,
...consertar o sorriso dos outros.
acontece dele ficar impreciso,
por vezes estraga,
é quando estou me remendando.
A gente se retalha, saiba.
Mas me costuro, aprendi com o artesão.
Sou atrevida no ponto,
na linha,
e o silêncio me encoraja.
Sou assim, paro um pouco,
e depois continuo.
Não segurei no esboço não, é sina terminar o que começo.
Sou de tantos começos... (eu disse).
E nessas "alturas" não vou declinar do voo.
Mal me conheci ainda, este é mais um começo.
Minhas costuras são muitas,
mas certas.
Não prometo não esbarrar em ninguém,
não me "costuro" apenas,
minha vontade é maior,
...consertar o sorriso dos outros.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Dia do poeta, hoje...
Peço licença, sou poetisa, vou cirandar sentimentos,
sou dessas que não sabe o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe, com sorte, te arranque um sorriso, mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrina,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Sou dada ao silêncio.
Somos nós (os poetas) um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
sou dessas que não sabe o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe, com sorte, te arranque um sorriso, mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrina,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Sou dada ao silêncio.
Somos nós (os poetas) um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
Dia do poeta, hoje...
Peço licença, sou poetisa, vou cirandar sentimentos,
sou dessas que não sabem o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe com sorte te arranque um sorriso,
mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrino,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Somos nós um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
sou dessas que não sabem o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe com sorte te arranque um sorriso,
mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrino,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Somos nós um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Reeducação
Andamos tropeçando em nossos cadarços,
o simples virou defeito...
A felicidade virou obrigação, e grande, e contínua, sem a vez para a lágrima.
Não cultivamos mais as trivialidades,
nos complicamos,
nos afastamos da luz...
Pouco abraçamos, e pouco nos abraçam,
nos condenamos a seriedade,
e a vida segue por um fio.
Vai ver a felicidade se abriga na reeducação,
essa que ressuscita dias bons e dias maus,
que limpa por dentro quando choramos,
que nos livra de acertar sempre,
que nos ajuda a conviver com a brevidade,
que nos torna gratos por cada refeição tomada,
que nos faz reparar nos detalhes e na mudança,
nas pessoas e no que são,
no gosto de um café e uma boa conversa,
no dar atenção,
doar-se...
Coisas que nos humanizam já que é dessa matéria que somos feitos...
Que nos conservemos capaz de apertos de mãos,
de amar os amigos,
de rir de nós mesmos,
de levar as sementes que carregam o destino de serem árvores.
Nosso fim é a eternidade, ou será nosso começo?
De que vale então, ganhar o mundo inteiro e não cuidar de alguns jardins?
Sem a simplicidade a alma se perde...
o simples virou defeito...
A felicidade virou obrigação, e grande, e contínua, sem a vez para a lágrima.
Não cultivamos mais as trivialidades,
nos complicamos,
nos afastamos da luz...
Pouco abraçamos, e pouco nos abraçam,
nos condenamos a seriedade,
e a vida segue por um fio.
Vai ver a felicidade se abriga na reeducação,
essa que ressuscita dias bons e dias maus,
que limpa por dentro quando choramos,
que nos livra de acertar sempre,
que nos ajuda a conviver com a brevidade,
que nos torna gratos por cada refeição tomada,
que nos faz reparar nos detalhes e na mudança,
nas pessoas e no que são,
no gosto de um café e uma boa conversa,
no dar atenção,
doar-se...
Coisas que nos humanizam já que é dessa matéria que somos feitos...
Que nos conservemos capaz de apertos de mãos,
de amar os amigos,
de rir de nós mesmos,
de levar as sementes que carregam o destino de serem árvores.
Nosso fim é a eternidade, ou será nosso começo?
De que vale então, ganhar o mundo inteiro e não cuidar de alguns jardins?
Sem a simplicidade a alma se perde...
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Esse amor
Ainda assim hei de amar,
Quando a lágrima chegar ou quando forças me faltar.
Ainda assim hei de amar,
Quando houver ou não
o pão,
Hei de em oração, agradecer.
Recolher-me no seu abraço, confiar no seu olhar...
Hei de enfeitar nossa casa,
Nossa vida
Nossa cama...
Hei de andar de mãos dadas, até pratear meus cabelos, e ter histórias...
Hei de amar, sempre e tanto, como quem não poderia ser de
mais ninguém.
Hei de, quem sabe, ser seu motivo de chegar mais cedo,
Ser o tanto de paz que precisa, e a doçura do perdão.
Razão e afago,
Alegria...
Hei de deixar hoje e sempre meu coração em suas mãos.
Hei de amar,
que me falte um dia,
Ainda assim hei de amar...
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Invisível
São meus encantamentos, vivo á flor-da-pele, em nada sinto menos.
Endoidecendo quando ressuscitam lembranças,
empobrecendo no pouco perdão.
São as minhas costuras,
remendos que faço quando quero dar meu jeito,
desfeitos sempre pela finitude.
Não pude escolher cores,
não tenho o azul nos olhos,
meu rosto, rubro, quase sempre,
e o que vem da negritude, abraço, vai ver é defeito...
São meus horizontes, na falta de um,
outros, isso não falta.
É o meu coração que se assombra e arde pela vida,
fé tem a ver com amor,
é invisível, mas a gente sabe que existe.
Endoidecendo quando ressuscitam lembranças,
empobrecendo no pouco perdão.
São as minhas costuras,
remendos que faço quando quero dar meu jeito,
desfeitos sempre pela finitude.
Não pude escolher cores,
não tenho o azul nos olhos,
meu rosto, rubro, quase sempre,
e o que vem da negritude, abraço, vai ver é defeito...
São meus horizontes, na falta de um,
outros, isso não falta.
É o meu coração que se assombra e arde pela vida,
fé tem a ver com amor,
é invisível, mas a gente sabe que existe.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Para este momento
Tudo na mesa a alegria, franqueza,
e pão.
Sol pela fresta, nada de festa,
vai se despeça,
é tempo de ir.
Nas margaridas,
no tom do café,
barulhos do dia,
momento de fé.
Oração.
Caminhos antigos,
velhos amigos,
deixa guardado o que foi bom.
Canta tua vida de novo,
celebra o que há de vir,
desiste da sombra,
insiste na luz,
Carrega contigo o teu coração,
nele cabe tudo,
e por ser assim tão imenso,
se vazio poderá encher-se.
Mas lembra,
lembra sempre,
de parar e ouvir QUEM te fala: "Este é o MEU caminho, anda por ele"
e pão.
Sol pela fresta, nada de festa,
vai se despeça,
é tempo de ir.
Nas margaridas,
no tom do café,
barulhos do dia,
momento de fé.
Oração.
Caminhos antigos,
velhos amigos,
deixa guardado o que foi bom.
Canta tua vida de novo,
celebra o que há de vir,
desiste da sombra,
insiste na luz,
Carrega contigo o teu coração,
nele cabe tudo,
e por ser assim tão imenso,
se vazio poderá encher-se.
Mas lembra,
lembra sempre,
de parar e ouvir QUEM te fala: "Este é o MEU caminho, anda por ele"
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Quem derá simplicidade fosse meu fim,
Resisto.
Fica mal resolvida minha liberdade,
não vivo mais de mordaças,
mas não digo toda palavra.
Insisto.
Quem derá não faltassem heróis na minha história,
me sobraria mais mansidão.
Mas vou de esperança,
quem derá mais fé,
me renderiam menos erros,
e angustias,
daria rumo a um coração mais prosaico.
Vou indo de cabeça erguida,
e de joelhos dobrados.
Simplicidade vai dissolvendo a gente,
estancando vícios, altivez, vaidades,
quem sabe, verdadeiramente,
me torne no que de fato sou.
Resisto.
Fica mal resolvida minha liberdade,
não vivo mais de mordaças,
mas não digo toda palavra.
Insisto.
Quem derá não faltassem heróis na minha história,
me sobraria mais mansidão.
Mas vou de esperança,
quem derá mais fé,
me renderiam menos erros,
e angustias,
daria rumo a um coração mais prosaico.
Vou indo de cabeça erguida,
e de joelhos dobrados.
Simplicidade vai dissolvendo a gente,
estancando vícios, altivez, vaidades,
quem sabe, verdadeiramente,
me torne no que de fato sou.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Sem sentido
O que era para ser janela virou fresta,
o que era para ser silêncio se fez festa,
o que era para ser coragem virou medo.
Tem sonho definhando nos porões da alma,
e a dor vai virando verdade,
e o que era para ser sorriso é soluço.
A vida sendo tecida com cansaço e culpa,
e a desculpa,
é o momento que não chegou.
Ausência de sentido faz romper o que ficou represado,
inundando tudo,
se alongando feito mar,
e quem foi feito para terra firme, fica a deriva...
o que era para ser silêncio se fez festa,
o que era para ser coragem virou medo.
Tem sonho definhando nos porões da alma,
e a dor vai virando verdade,
e o que era para ser sorriso é soluço.
A vida sendo tecida com cansaço e culpa,
e a desculpa,
é o momento que não chegou.
Ausência de sentido faz romper o que ficou represado,
inundando tudo,
se alongando feito mar,
e quem foi feito para terra firme, fica a deriva...
domingo, 26 de junho de 2011
Meditação
Desisto das explicações,
não são elas mais do que palavras entristecidas.
Dei-me a isso tanto e sempre que mesmo sem me perder, andava me procurando.
Desisto de dissecar o pensamento do outro,
basta que eu saiba,
passei a cultivar liberdade, ensaio meus voos com mais meditação,
ficou de lado o medo de deixar o chão.
Quem voa vê de cima,
reúne humanidade,
vê do alto sóbrios e loucos,
tímidos e ousados, quem deixa, quem rouba,
não me cabe explicar.
Pouso sempre, para irrigar a terra que sou,
com água viva, ainda estou nas sementes...
Desisto de todos, menos de mim, lugar onde vivo reparando brechas, arando a terra,
sonhando frutos.
Esvaziei meus cestos,
para enche-los outras vez!
não são elas mais do que palavras entristecidas.
Dei-me a isso tanto e sempre que mesmo sem me perder, andava me procurando.
Desisto de dissecar o pensamento do outro,
basta que eu saiba,
passei a cultivar liberdade, ensaio meus voos com mais meditação,
ficou de lado o medo de deixar o chão.
Quem voa vê de cima,
reúne humanidade,
vê do alto sóbrios e loucos,
tímidos e ousados, quem deixa, quem rouba,
não me cabe explicar.
Pouso sempre, para irrigar a terra que sou,
com água viva, ainda estou nas sementes...
Desisto de todos, menos de mim, lugar onde vivo reparando brechas, arando a terra,
sonhando frutos.
Esvaziei meus cestos,
para enche-los outras vez!
domingo, 29 de maio de 2011
Ensaio
Passei o dia recolhendo ventos,
dissecando a alma,
separando aqui e ali pequenas coragens,
algumas foram com o vento forte,
umas se apegaram e ficaram,
mas esta, que garimpo há tempos, vou lapidar, mesmo noviça nessa arte.
Vento me trouxe palavra que eu precisava,
outras para me espreitar,
essas deixei com o vento, os tanto que recolhi...
De todos, bons ventos ficaram,
a eles guardei minhas asas,
também deixei palavras,
que o vento as espalhe por aí, agora não é mais comigo!
Desfiei um novelo,
me fascino com os fios...
dissecando a alma,
separando aqui e ali pequenas coragens,
algumas foram com o vento forte,
umas se apegaram e ficaram,
mas esta, que garimpo há tempos, vou lapidar, mesmo noviça nessa arte.
Vento me trouxe palavra que eu precisava,
outras para me espreitar,
essas deixei com o vento, os tanto que recolhi...
De todos, bons ventos ficaram,
a eles guardei minhas asas,
também deixei palavras,
que o vento as espalhe por aí, agora não é mais comigo!
Desfiei um novelo,
me fascino com os fios...
domingo, 22 de maio de 2011
Gavetas
Minha vontade de vida vem em cascata, mas ainda me sei presa em engrenagens outras. Que falta me faz saber abstrair, deixar o concreto, a razão e me dar ao sonho. Coloquei cimento demais nesta construção, tudo que ouço ou vejo, cai numa lenta mastigação, não me deixo vazar. Fico com o rigor das coisas, pouco perdão me concedo. Sou assim, eu sou! Mas pela grande vontade escrevo, querendo muito me render a mim.
Vai ver por isso abro as gavetas que me guardei, tem muito nelas, e sem pretensão, é bonito.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
"E seguro durmo sem preocupação"
(Para Ana Carolina a quem amo sem saber explicar ...)
Dei pra olhar de longe parada na porta do quarto,
dormindo ela feita de sonhos,
acordada também.
Dei de espiar a menina,
que para tantas coisas cresceu ainda tão pequenina.
Ela dá vida a bonecas,
desenha virtudes,
e já secou minhas lágrimas.
Dei de guardar segredos,
andar de olhos fechados em casa guiada pela surpresa.
Não sou de aguentar saudades,
por isso,
por vezes a noite,
fico na porta do quarto só para reparar mais um pouco,
brota sorriso,
bate gratidão no peito,
uma oração aninha minha alma.
Por causa dela, vou acordar mais valente!
E todas as noite cantamos na hora de dormir...
Quebradiço
Não falamos há tempos,
não faltam palavras,
elas sobram até,
mas pouco ouço, confesso.
Jeito um pouco alado,
de quem se dá asas na esperança de céu.
Jeito um pouco navegante,
de quem vai por qualquer vento,
junto as mãos,
dobro joelhos,
fecho os olhos,
mas meu coração sem colo, não se curva.
Não falta abraço, pouco me dou a eles.
Fico sem jeito de pedir atenção,
me ocupo tanto de mim, que vou perdendo a verdade eterna.
Não falamos há tempos,
mas se pode ler este verso,
há de ouvir meu grito,
se quiser,
quem sabe dele fazer canto,
que eu tenha um riso,
e o Teu perdão...
não faltam palavras,
elas sobram até,
mas pouco ouço, confesso.
Jeito um pouco alado,
de quem se dá asas na esperança de céu.
Jeito um pouco navegante,
de quem vai por qualquer vento,
junto as mãos,
dobro joelhos,
fecho os olhos,
mas meu coração sem colo, não se curva.
Não falta abraço, pouco me dou a eles.
Fico sem jeito de pedir atenção,
me ocupo tanto de mim, que vou perdendo a verdade eterna.
Não falamos há tempos,
mas se pode ler este verso,
há de ouvir meu grito,
se quiser,
quem sabe dele fazer canto,
que eu tenha um riso,
e o Teu perdão...
sábado, 14 de maio de 2011
Mal gosto
Vai reparar no silêncio,
em mim virou virtude,
meu jeito calado e brando,
em você virou espanto.
Seu farfalhar imenso que me desmonta aos poucos
em você virou defeito,
há de clarear algo por dentro,
para que haja luz,
e quem sabe, a tempo,
se salve de si mesmo.
em mim virou virtude,
meu jeito calado e brando,
em você virou espanto.
Seu farfalhar imenso que me desmonta aos poucos
em você virou defeito,
há de clarear algo por dentro,
para que haja luz,
e quem sabe, a tempo,
se salve de si mesmo.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Soltou um ponto
Faço planos pra me esquecer,
a palavra pode me aquecer,
nunca sei se vai acontecer.
Falo sem ninguém saber,
é que eu brigo, depois me abrigo,
tudo é comigo.
Tá costurado eu rasgo,
tá endereçado eu perco,
tá engraçado eu choro,
tá "engasgado", lamento.
Falo sem perceber,
se não entendo, quem vai entender?
Tá cansando envelhecer,
tá passando,
tá ventando,
tá chegando gente no meu cercado,
acho que não vai caber,
tanta invenção,
num coração que tenta sobreviver,
vai ver sou eu, vai meu recado.
Tá sobrando calma e faltando alma,
tá rasgando aqui dentro...
a palavra pode me aquecer,
nunca sei se vai acontecer.
Falo sem ninguém saber,
é que eu brigo, depois me abrigo,
tudo é comigo.
Tá costurado eu rasgo,
tá endereçado eu perco,
tá engraçado eu choro,
tá "engasgado", lamento.
Falo sem perceber,
se não entendo, quem vai entender?
Tá cansando envelhecer,
tá passando,
tá ventando,
tá chegando gente no meu cercado,
acho que não vai caber,
tanta invenção,
num coração que tenta sobreviver,
vai ver sou eu, vai meu recado.
Tá sobrando calma e faltando alma,
tá rasgando aqui dentro...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Coisas de menina
Nos meus desvios vou colhendo o quanto posso,
trago meus cestos cheios,
vou me esvaziando,
entendendo das distâncias.
Não tenho andrajos pra alma,
canonizo minha calma,
e não há mais quem me faça falar com Deus de olhos fechados.
Sonho alturas, mas não me importo com o pó da estrada.
confesso como mulher,
mas um "que" de menina sempre estará na minha face...
trago meus cestos cheios,
vou me esvaziando,
entendendo das distâncias.
Não tenho andrajos pra alma,
canonizo minha calma,
e não há mais quem me faça falar com Deus de olhos fechados.
Sonho alturas, mas não me importo com o pó da estrada.
confesso como mulher,
mas um "que" de menina sempre estará na minha face...
sábado, 16 de abril de 2011
Fim de noite
Bem poderia dizer que entendo do amor,
fui e voltei,
fiz trajetos tantos, por tantas me embriaguei de encantamentos,
em tantas fiquei olhando a noite me fazendo de estrela,
colecionei sóis em manhãs de chuva,
vivi de coração batendo tanto que me desajeitava...
Sempre de vontade permissiva,
crédula em sorrisos,
e adocicados olhares...
Aprendi poesias,
fiz umas,
mandei carta,
recebi.
Colhi lágrimas, colheram as minhas.
Golpe da lucidez, quem sabe,
foi-se lapidando o gostar.
Digo de peito aberto que é ,deliciosamente, enganoso o amor.
Confesso fé,
mesmo que eu não o veja sempre,
não posso dizer que ele não existe!
fui e voltei,
fiz trajetos tantos, por tantas me embriaguei de encantamentos,
em tantas fiquei olhando a noite me fazendo de estrela,
colecionei sóis em manhãs de chuva,
vivi de coração batendo tanto que me desajeitava...
Sempre de vontade permissiva,
crédula em sorrisos,
e adocicados olhares...
Aprendi poesias,
fiz umas,
mandei carta,
recebi.
Colhi lágrimas, colheram as minhas.
Golpe da lucidez, quem sabe,
foi-se lapidando o gostar.
Digo de peito aberto que é ,deliciosamente, enganoso o amor.
Confesso fé,
mesmo que eu não o veja sempre,
não posso dizer que ele não existe!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Aos poucos
Gente azedando em seus dias, negando sorrisos,
sem nenhum encanto.
São braços distante de abraços,
e pés que não se arriscam,
alvo de sentimentos bumerangue, atrevidos.
Foi-se o tempo de cantarolar á toa,
se olhar a noite só para reparar sem tem lua,
de café com amigos,
de enfeitar com flores,
de falar sempre a verdade,
de se levantar do golpe,
mais forte, mais piedoso...
Foi-se o tempo de fazer o que se gosta,
viver encarando os sonhos apesar dos pesares.
Foi-se o tempo de dar de cara com a despedida do sol avermelhando a tarde.
Foi-se o tempo de não enganar-se.
Foi-se o tempo da gratidão.
Sou eu, reaprendendo a dobrar os joelhos,
a contar os meus dias,
a ter coração sábio...
Sou eu não querendo tomar a forma do desamor,
medido os passos entre o bem e o mal,
adocicando outra vez a vida,
como ela é!
sem nenhum encanto.
São braços distante de abraços,
e pés que não se arriscam,
alvo de sentimentos bumerangue, atrevidos.
Foi-se o tempo de cantarolar á toa,
se olhar a noite só para reparar sem tem lua,
de café com amigos,
de enfeitar com flores,
de falar sempre a verdade,
de se levantar do golpe,
mais forte, mais piedoso...
Foi-se o tempo de fazer o que se gosta,
viver encarando os sonhos apesar dos pesares.
Foi-se o tempo de dar de cara com a despedida do sol avermelhando a tarde.
Foi-se o tempo de não enganar-se.
Foi-se o tempo da gratidão.
Sou eu, reaprendendo a dobrar os joelhos,
a contar os meus dias,
a ter coração sábio...
Sou eu não querendo tomar a forma do desamor,
medido os passos entre o bem e o mal,
adocicando outra vez a vida,
como ela é!
sábado, 9 de abril de 2011
7 de abril
Convém, fica bem falar do amor,
esse encapsulado, deixado de lado
que passou a habitar em qualquer canto pequeno da alma...
Acorrentados estamos,
ficamos azedando em angústias insondáveis,
choramos os nossos que saem da vida antes do final do dia,
são lágrimas legítimas emoldurando as fotografias,
a lembrança pueril em todas as retinas.
Seguimos adoecendo,
sofrendo de desamor,
presos, sem esperança, na realidade insolente do dia a dia.
Não era para ser assim...
Convém a verdade,
o amor esfriou, e sem ele
a chama interior,
vivemos asfixiados,
respiramos sobrevivência e não vida.
Em nosso pulmões fumaça, pólvora.
Em nossos olhos vermelhos pedidos de ajuda.
Em nossas mãos lenços.
Em nossos corações, feridas.
É certo que faltou amor.
Convém voltar as origens,
às suplicas da criação,
pensar na eternidade...
Dobrar os joelhos e curvar-se diante do Príncipe da Paz.
esse encapsulado, deixado de lado
que passou a habitar em qualquer canto pequeno da alma...
Acorrentados estamos,
ficamos azedando em angústias insondáveis,
choramos os nossos que saem da vida antes do final do dia,
são lágrimas legítimas emoldurando as fotografias,
a lembrança pueril em todas as retinas.
Seguimos adoecendo,
sofrendo de desamor,
presos, sem esperança, na realidade insolente do dia a dia.
Não era para ser assim...
Convém a verdade,
o amor esfriou, e sem ele
a chama interior,
vivemos asfixiados,
respiramos sobrevivência e não vida.
Em nosso pulmões fumaça, pólvora.
Em nossos olhos vermelhos pedidos de ajuda.
Em nossas mãos lenços.
Em nossos corações, feridas.
É certo que faltou amor.
Convém voltar as origens,
às suplicas da criação,
pensar na eternidade...
Dobrar os joelhos e curvar-se diante do Príncipe da Paz.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Imprevisto
Descabida,
sacudida na saudade,
muitos ventos desordenaram meus desejos,
para uns ainda ardo,
mas para todos tardo...
Vocação vai ver, tentar disfarces,
são meus porões,
os tantos que tenho.
Costurando, venho.
Alinhavo aqui, ali este coração onde me abrigo.
Sobrevivo.
Não choro, rego o rosto para sorrir flores!
Dou meu jeito.
sacudida na saudade,
muitos ventos desordenaram meus desejos,
para uns ainda ardo,
mas para todos tardo...
Vocação vai ver, tentar disfarces,
são meus porões,
os tantos que tenho.
Costurando, venho.
Alinhavo aqui, ali este coração onde me abrigo.
Sobrevivo.
Não choro, rego o rosto para sorrir flores!
Dou meu jeito.
Provisório
Descabida,
sacudida na saudade,
muitos ventos desordenaram meus desejos,
para uns ainda ardo,
mas para todos tardo...
Vocação vai ver, tentar disfarces,
são meus porões,
os tantos que tenho.
Costurando, venho.
Alinhavo aqui, ali este coração onde me abrigo.
Sobrevivo.
Não choro, rego o rosto para sorrir flores!
Dou meu jeito.
sacudida na saudade,
muitos ventos desordenaram meus desejos,
para uns ainda ardo,
mas para todos tardo...
Vocação vai ver, tentar disfarces,
são meus porões,
os tantos que tenho.
Costurando, venho.
Alinhavo aqui, ali este coração onde me abrigo.
Sobrevivo.
Não choro, rego o rosto para sorrir flores!
Dou meu jeito.
terça-feira, 29 de março de 2011
Impressão
Quero começos sempre, sou feita deles,
alimento-me de novas tentativas e fico aprendendo a não despir minha esperança.
Minha alma tem roupa nova cada vez que sou cheia de luz,
fico estocando alegrias,
peço mais razão do que lágrimas,
tem dias que preciso entender,
enraizar,
saber que não é golpe do meu coração.
Lágrima distrai a gente.
Quero começos sempre,
vários,
nem sempre termino, ora desisto,
é meu exercício de liberdade, é assim que me dou asas.
Quero começos, por ter licença para a vida,
por ter passado,
por ter história,
por desejar o próximo passo mesmo sem saber para onde isso me guiará...
Fico olhando o brotar da fé,
imaginando o fruto, a minha fome é grande.
Recompondo e repetindo,
chega a ser insano não errar.
Aceito o tempo que me cabe,
mas não vou dispensar o meu legado,
tenho mãos,
tenho voz,
hei de deixar rastros,
hei de habitar a lembrança de alguém.
alimento-me de novas tentativas e fico aprendendo a não despir minha esperança.
Minha alma tem roupa nova cada vez que sou cheia de luz,
fico estocando alegrias,
peço mais razão do que lágrimas,
tem dias que preciso entender,
enraizar,
saber que não é golpe do meu coração.
Lágrima distrai a gente.
Quero começos sempre,
vários,
nem sempre termino, ora desisto,
é meu exercício de liberdade, é assim que me dou asas.
Quero começos, por ter licença para a vida,
por ter passado,
por ter história,
por desejar o próximo passo mesmo sem saber para onde isso me guiará...
Fico olhando o brotar da fé,
imaginando o fruto, a minha fome é grande.
Recompondo e repetindo,
chega a ser insano não errar.
Aceito o tempo que me cabe,
mas não vou dispensar o meu legado,
tenho mãos,
tenho voz,
hei de deixar rastros,
hei de habitar a lembrança de alguém.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Verdade
Palavra velha companhia,
venha agora render o silêncio,
quem sabe faça parecer alegria quando no fundo é lamento.
Ninguém, vive só desbotando,
de coração empoeirado,
nem esquecido, nem esquecendo...
De quando em quando ficam elas, "boiando" num oceano de segredos.
Servem a alma e às suas paixões,
leais, se calam.
Nunca serão ditas.
Palavras assim morrem tentando a liberdade, presas na boca "irretocável" dos que fogem da luz.
venha agora render o silêncio,
quem sabe faça parecer alegria quando no fundo é lamento.
Ninguém, vive só desbotando,
de coração empoeirado,
nem esquecido, nem esquecendo...
De quando em quando ficam elas, "boiando" num oceano de segredos.
Servem a alma e às suas paixões,
leais, se calam.
Nunca serão ditas.
Palavras assim morrem tentando a liberdade, presas na boca "irretocável" dos que fogem da luz.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Tem dias...
Pensando bem, ando cansada,
amanheço inteira, mas vai o dia,
vai a lida e no fim dele,
não sobra nada.
Tenho o trabalho de me juntar.
Pensando bem, ando cansada,
ressaca sempre, por quase nada,
gasto palavra,
gasto vigor,
vai indo desisto, e não consigo ter fé que baste.
Pensando bem vejo fronteiras,
vejo trincheiras,
no outro que não acolhe,
que não ajunta, só espalha.
Insanidade velada,
um jeito torto,
em vez de arado, espada.
Pensando bem,
fica no esboço, um dia assim,
com gente assim,
com um tempo assim, órfãos.
Cansada de construir na areia,
de contribuir com o vento que no final do dia
passa e varre tudo!
amanheço inteira, mas vai o dia,
vai a lida e no fim dele,
não sobra nada.
Tenho o trabalho de me juntar.
Pensando bem, ando cansada,
ressaca sempre, por quase nada,
gasto palavra,
gasto vigor,
vai indo desisto, e não consigo ter fé que baste.
Pensando bem vejo fronteiras,
vejo trincheiras,
no outro que não acolhe,
que não ajunta, só espalha.
Insanidade velada,
um jeito torto,
em vez de arado, espada.
Pensando bem,
fica no esboço, um dia assim,
com gente assim,
com um tempo assim, órfãos.
Cansada de construir na areia,
de contribuir com o vento que no final do dia
passa e varre tudo!
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Flores para você!
Nem é preciso dizer que sorrisos chegam sim, basta ter o coração refeito.
Esse, que sabe bem por quantos apertos passou.
Esse, que bateu forte e tanto mas não seu deu conta da paz.
(há de se ter paz para sobreviver...)
Para sorrisos do nada, há de se ir devagar,
com pressa demais, não são moldura para o rosto.
Há de se ter fé em merecer o melhor.
O milagre das lágrimas está em curar,
há de se ter sorrisos por dentro.
Refeito está feito,
abrigo bom para o amor,
esse que ninguém procura,
ele chega e pronto.
O amor mora em grandes e largos sorrisos á toa...
Esse, que sabe bem por quantos apertos passou.
Esse, que bateu forte e tanto mas não seu deu conta da paz.
(há de se ter paz para sobreviver...)
Para sorrisos do nada, há de se ir devagar,
com pressa demais, não são moldura para o rosto.
Há de se ter fé em merecer o melhor.
O milagre das lágrimas está em curar,
há de se ter sorrisos por dentro.
Refeito está feito,
abrigo bom para o amor,
esse que ninguém procura,
ele chega e pronto.
O amor mora em grandes e largos sorrisos á toa...
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Alegria clandestina
Que venha o sorriso,
este de fim de tarde,
que me enfeita a face.
Gosto disso, por acaso,
sem me encharcar de lembranças, ele veio e dou me à leveza...
É a alma distraindo os olhos,
hoje ganha quem chegou primeiro, minha boca.
Com um pé no contentamento,
dou me à clareza, aos trancos faço tanta coisa, todos dos dias.
Em despedida, vejo a noite chegando,
aqui da minha janela,
tudo por fazer.
Que passe o tempo,
para boa canção
é preciso afinar o instrumento.
Noite chegando, eu ainda aqui,
desfeita da rotina,
ainda aqui,
na esperança de estrelas...
este de fim de tarde,
que me enfeita a face.
Gosto disso, por acaso,
sem me encharcar de lembranças, ele veio e dou me à leveza...
É a alma distraindo os olhos,
hoje ganha quem chegou primeiro, minha boca.
Com um pé no contentamento,
dou me à clareza, aos trancos faço tanta coisa, todos dos dias.
Em despedida, vejo a noite chegando,
aqui da minha janela,
tudo por fazer.
Que passe o tempo,
para boa canção
é preciso afinar o instrumento.
Noite chegando, eu ainda aqui,
desfeita da rotina,
ainda aqui,
na esperança de estrelas...
ARMADILHAS DO TEMPO: PRESENTE AOS BLOGS AMIGOS
ARMADILHAS DO TEMPO: PRESENTE AOS BLOGS AMIGOS: " Ganhei de presente este selo do blog O NOSSO JARDIM, um dos melhores que encontrei entre tantos que visito. Na verdade, além dos text..."
domingo, 30 de janeiro de 2011
Falo pouco, e tudo que não falo faço.
Tão certo que vem,
e quando chegar não quero licença.
Vontade aparece,
vira labor,
vou doutrinando o trajeto que ela me dá.
Vou desdobrada para o que posso,
o que não posso não dói mais, mas tenho meus queixumes.
Descanso.
Falo pouco, mas tenho minha vez,
e de quando em quando a palavra me afronta.
Falo bonito.
Então, fica e acredita!
Tão certo que vem,
e quando chegar não quero licença.
Vontade aparece,
vira labor,
vou doutrinando o trajeto que ela me dá.
Vou desdobrada para o que posso,
o que não posso não dói mais, mas tenho meus queixumes.
Descanso.
Falo pouco, mas tenho minha vez,
e de quando em quando a palavra me afronta.
Falo bonito.
Então, fica e acredita!
sábado, 29 de janeiro de 2011
Dois lados
Me dou a palavra.
nasceu essa cisma,
na ponta da língua equilibrando-se,
carregando a suspeita de que há algo a dizer.
Me aperta o peito,
na garganta um nó,
onde se viu viver essa ansia?
E não passa,
não repousa,
não descansa.
Me dou a palavra,
chega a ser sofreguidão,
vai tragando,
sorvendo mesmo...
Rendida,
escrevo.
O que sou por fora tem que fazer sentido por dentro.
nasceu essa cisma,
na ponta da língua equilibrando-se,
carregando a suspeita de que há algo a dizer.
Me aperta o peito,
na garganta um nó,
onde se viu viver essa ansia?
E não passa,
não repousa,
não descansa.
Me dou a palavra,
chega a ser sofreguidão,
vai tragando,
sorvendo mesmo...
Rendida,
escrevo.
O que sou por fora tem que fazer sentido por dentro.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Leveza
Escapa-me a vontade,
esta que me apego tanto.
Sei do finito tempo, sei mesmo.
Tempo que me concebe,
que me consome,
que me incita correções.
Dissipa-se a perfeição,
essa que me encanta tanto.
E suponho,
ser isso meu alvo,
trajeto insano,
mal maior.
Caio e me levanto,
torno a cair.
Tamanho peso me dou,
todas as vezes,
nunca estou pronta,
vou de retoques.
E, neles, mesmo neles,
nunca estou pronta.
Que desamparo ser racional!
Quem sabe me darei a atender os impulsos da minha própria alma?
Quem sabe, com atenção,
encontre beleza em rascunhos!
esta que me apego tanto.
Sei do finito tempo, sei mesmo.
Tempo que me concebe,
que me consome,
que me incita correções.
Dissipa-se a perfeição,
essa que me encanta tanto.
E suponho,
ser isso meu alvo,
trajeto insano,
mal maior.
Caio e me levanto,
torno a cair.
Tamanho peso me dou,
todas as vezes,
nunca estou pronta,
vou de retoques.
E, neles, mesmo neles,
nunca estou pronta.
Que desamparo ser racional!
Quem sabe me darei a atender os impulsos da minha própria alma?
Quem sabe, com atenção,
encontre beleza em rascunhos!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Razão
Foi-se a noite, diluída em sono e silêncio.
Sonhei sorrisos para minha boca,
destinos para os meus pés,
descanso para minha alma indócil.
Fiz dementar-me apenas,
sou, brutalmente, realista de olhos postos em tudo.
Não me dou delírios,
me alimento de infinitos,
sigo sempre desfeita, posto que tudo acaba.
Foi-se a noite, cumpriu sua sina,
plantar sonhos.
Amanheço sem colheita,
não sei,
quem sabe eu não seja terra fértil...
Sonhei sorrisos para minha boca,
destinos para os meus pés,
descanso para minha alma indócil.
Fiz dementar-me apenas,
sou, brutalmente, realista de olhos postos em tudo.
Não me dou delírios,
me alimento de infinitos,
sigo sempre desfeita, posto que tudo acaba.
Foi-se a noite, cumpriu sua sina,
plantar sonhos.
Amanheço sem colheita,
não sei,
quem sabe eu não seja terra fértil...
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Líquido dos sábios 2
Gotejando, sou feito náufrago nesta vastidão.
Sou maior do que as medidas que me dou.
Fico maior "enfeitiçada" de saudade,
dessas impossíveis...
Minhas tardes rego a café, todas, sempre.
Café á toa...
Com os dedos fico escrevendo no ar,
palavras,
frases,
tenho livros inteiros feitos de vento...
Mania minha.
"Pra" pensar, seguro o queixo com a mão esquerda.
Com as duas mãos (em concha) faço bolas de sabão sem ninguém ver...
Não tenho tamanho,
sou bem maior do que as medidas que me dão...
Saudade e reflexão,
açúcar para meu café de hoje.
Sou maior do que as medidas que me dou.
Fico maior "enfeitiçada" de saudade,
dessas impossíveis...
Minhas tardes rego a café, todas, sempre.
Café á toa...
Com os dedos fico escrevendo no ar,
palavras,
frases,
tenho livros inteiros feitos de vento...
Mania minha.
"Pra" pensar, seguro o queixo com a mão esquerda.
Com as duas mãos (em concha) faço bolas de sabão sem ninguém ver...
Não tenho tamanho,
sou bem maior do que as medidas que me dão...
Saudade e reflexão,
açúcar para meu café de hoje.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Ao pé do ouvido
Suave e bela me veio a palavra.
Cochichou verdade.
Me fiz peregrina,
me vi pequenina,
tecendo remendos neste coração.
Amanheceu, teve sol
ele veio para justos e injustos.
Custou varrer a alma,
veio cansaço,
veio descaso.
Foi ousadia demais,
burlar minha paz memória insolente,
me fez encarar a dor e a cura,
a lágrima e a alegria,
o pão e a falta dele.
Olhei cada cicatriz,
que um dia foi ferida,
que um dia foi escolha.
Vi as gentes da janela,
reparei na rua.
Na rua, reparei no rosto,
no rosto,
reparei nos olhos.
Se forem bons todo o corpo será.
Cochicho inquietante este...
.
Cochichou verdade.
Me fiz peregrina,
me vi pequenina,
tecendo remendos neste coração.
Amanheceu, teve sol
ele veio para justos e injustos.
Custou varrer a alma,
veio cansaço,
veio descaso.
Foi ousadia demais,
burlar minha paz memória insolente,
me fez encarar a dor e a cura,
a lágrima e a alegria,
o pão e a falta dele.
Olhei cada cicatriz,
que um dia foi ferida,
que um dia foi escolha.
Vi as gentes da janela,
reparei na rua.
Na rua, reparei no rosto,
no rosto,
reparei nos olhos.
Se forem bons todo o corpo será.
Cochicho inquietante este...
.
domingo, 2 de janeiro de 2011
2 de janeiro
Sem promessas.
Passadas as comemorações, no coração fica apenas o desejo de mais vida. Com a vinda do tempo, a gente se "blinda" das coisas que prometemos e das que nos prometem. Ficam na memória, vagando sempre.
Sem promessas, mas de bom grado quero "embalar o rebento" neste segundo dia do novo ano. Hoje, quando não há mais nada a comemorar e a mente fica quieta dos "barulhos" natalinos, dos prenúncios do ano novo.
Hoje, mais libertos de laços, embrulhos, brindes...conseguimos ouvir melhor o coração e, confesso, a única coisa que ficou foi um forte desejo.
A ninguém prometo nada de ninguém "abrigarei" promessas, quem sabe de alma melhorada não sejam possíveis algumas realizações.
Quem sabe, de olhos úmidos, passemos a ver melhor outros caminhos, outras necessidades, outras "belezas" (outras belezas sim, já que minha fé nas pessoas vai mais além da forma, que se transforma com o tempo, há de se "esculpir" outras belezas, ter alma, mente e corpo como legado, tendo a certeza da "efemeridade" do corpo, o cuidado em alimentar a mente e o prazer em compartilhar a alma).
Quem sabe, aprimoremos o "como queremos ser vistos" já que todos entregamos uma mensagem, vale o balanço da colheita de ano que se foi, para quem sabe, plantar-se outra semente, não melhor, apenas outra.
Quem sabe, para quem tem filhos, crescer com eles e em outros momentos ser como eles, quem sabe aprender a "entender" mesmo o valor do beijo dado em tempo e fora de tempo.
Quem sabe, novas crianças...
Quem sabe pendurar no cabide uma roupa mais colorida, ousadia na medida para muitos que são como eu monocromática.
Quem sabe na troca dos presentes ganhos, vibre em nós a vontade de dividir, doar...
Quem sabe amanhã, após o sono, o sonho tenhamos um despertar mais "afinado" com aquilo que queremos.
Quem sabe nos amem pelo o que somos de verdade, quem sabe amemos assim também.
(...ainda em confissão, o ano novo entrou e no primeiro dia dele havia gente "pedindo ajuda" na rua, criança doente e quem sabe, na sacola daquele casal nenhuma possibilidade para os próximos dias do ano que apenas começa.
...no mesmo dia, vi também gente com a mesa farta e cestos cheios!)
Quem sabe, quem sabe...seja o fim da compra e venda da moral desta nação. (...me falta fé, mas tenho este desejo!)
Quem sabe a gente caminhe...
Quem sabe como serão esses dias por vir, ninguém saberá, mas estamos neles!
Desejo então, que continuemos...
Passadas as comemorações, no coração fica apenas o desejo de mais vida. Com a vinda do tempo, a gente se "blinda" das coisas que prometemos e das que nos prometem. Ficam na memória, vagando sempre.
Sem promessas, mas de bom grado quero "embalar o rebento" neste segundo dia do novo ano. Hoje, quando não há mais nada a comemorar e a mente fica quieta dos "barulhos" natalinos, dos prenúncios do ano novo.
Hoje, mais libertos de laços, embrulhos, brindes...conseguimos ouvir melhor o coração e, confesso, a única coisa que ficou foi um forte desejo.
A ninguém prometo nada de ninguém "abrigarei" promessas, quem sabe de alma melhorada não sejam possíveis algumas realizações.
Quem sabe, de olhos úmidos, passemos a ver melhor outros caminhos, outras necessidades, outras "belezas" (outras belezas sim, já que minha fé nas pessoas vai mais além da forma, que se transforma com o tempo, há de se "esculpir" outras belezas, ter alma, mente e corpo como legado, tendo a certeza da "efemeridade" do corpo, o cuidado em alimentar a mente e o prazer em compartilhar a alma).
Quem sabe, aprimoremos o "como queremos ser vistos" já que todos entregamos uma mensagem, vale o balanço da colheita de ano que se foi, para quem sabe, plantar-se outra semente, não melhor, apenas outra.
Quem sabe, para quem tem filhos, crescer com eles e em outros momentos ser como eles, quem sabe aprender a "entender" mesmo o valor do beijo dado em tempo e fora de tempo.
Quem sabe, novas crianças...
Quem sabe pendurar no cabide uma roupa mais colorida, ousadia na medida para muitos que são como eu monocromática.
Quem sabe na troca dos presentes ganhos, vibre em nós a vontade de dividir, doar...
Quem sabe amanhã, após o sono, o sonho tenhamos um despertar mais "afinado" com aquilo que queremos.
Quem sabe nos amem pelo o que somos de verdade, quem sabe amemos assim também.
(...ainda em confissão, o ano novo entrou e no primeiro dia dele havia gente "pedindo ajuda" na rua, criança doente e quem sabe, na sacola daquele casal nenhuma possibilidade para os próximos dias do ano que apenas começa.
...no mesmo dia, vi também gente com a mesa farta e cestos cheios!)
Quem sabe, quem sabe...seja o fim da compra e venda da moral desta nação. (...me falta fé, mas tenho este desejo!)
Quem sabe a gente caminhe...
Quem sabe como serão esses dias por vir, ninguém saberá, mas estamos neles!
Desejo então, que continuemos...
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